A indústria offshore é aquela que refere-se a toda atividade econômica que ocorre em alto mar e por isso está fortemente ligada a atividades como a exploração e produção de petróleo e gás, a construção de plataformas para essas atividades, instalações submarinas, serviços de manutenção e reparo navais, bem como a pintura de navios, plataformas e outras estruturas.
Nesse contexto, a pintura de navios e outros suportes marítimos, desempenha um papel importantíssimo na preservação e proteção dessas estruturas contra os efeitos corrosivos da água salgada e intempéries, além de proporcionar uma melhor aparência estética.
Dessa forma os processos de pintura offshore exigem técnicas e materiais especiais, muito devido ao ambiente mais agressivo e as condições adversas encontradas em alto mar. A seguir vamos explicar como escolher o melhor processo de pintura offshore, como ela é feita e seus principais benefícios na preservação de navios e plataformas.
Benefícios
A pintura offshore oferece diversos benefícios que são essenciais para as estruturas marítimas, navios e plataformas de petróleo. Alguns dos principais benefícios incluem:
Proteção contra corrosão
A pintura de navios e plataformas fornece uma barreira protetora que ajuda a prevenir a corrosão causada pela exposição contínua à água salgada e outros elementos corrosivos do ambiente marinho. Essa prática aumenta a durabilidade das estruturas, prolongando a vida útil e reduzindo a necessidade de uma manutenção frequente.
Melhoria da eficiência operacional
Manter uma superfície pintada pode facilitar as operações, melhorar a eficiência do trabalho e garantir um ambiente mais seguro para os trabalhadores. A pintura offshore é projetada para resistir a condições ambientais adversas, como mudanças climáticas, variações de temperatura e exposição a produtos químicos presentes no ambiente marinho
Estética e identificação
A pintura não apenas protege, mas também contribui para a estética geral das estruturas. Além disso, pode ser usada para identificar e demarcar áreas específicas para diversos fins, como segurança e navegação.
Escolha do processo e tratamento
A escolha do processo de pintura e tratamento adequados para a indústria offshore depende de vários fatores, incluindo o tipo de substrato, as condições ambientais, as características da estrutura e os requisitos específicos do projeto. Aqui estão alguns passos que podem orientar na seleção do processo de pintura apropriado:
Avaliação do substrato
O primeiro passo para a escolha do processo de pintura offshore correto é avaliar e compreender qual o material será pintado (aço, alumínio, madeira, etc). Diferentes materiais exigem diferentes métodos de preparação da superfície e até mesmo tintas específicas.
Análise do ambiente marinho
Outro ponto importante para se considerar são as condições ambientais, já que a exposição à água salgada, ventos fortes, luz solar intensa e grandes variações de temperatura podem influenciar a escolha tanto da pintura quanto do ciclo de manutenção.
Requisitos regulatórios
Não só o material de navios e estruturas deve ser observado, mas o ambiente marinho envolta deve ser preservado, por isso é necessário verificar as regulamentações e normas específicas para a indústria offshore. E por isso, existem padrões que definem os requisitos mínimos para a proteção anticorrosiva em estruturas marítimas.
Dessa forma, avaliar o impacto ambiental dos produtos químicos utilizados na pintura é essencial, portanto deve-se escolher tintas e métodos que atendam aos padrões ambientais. Consultar especialistas em pintura marítima e provedores de revestimentos, pode fornecer informações valiosas sobre as melhores práticas e tecnologias mais recentes.
Como é feita a pintura offshore?
A pintura offshore segue uma série de passos cruciais para garantir a eficácia da proteção anticorrosiva. Aqui estão as principais etapas, levando em consideração a preparação da superfície, aplicação da tinta, cura da mesma e manutenção:
Preparação da superfície
Antes de qualquer processo de pintura, o primeiro passo deve ser a inspeção visual da estrutura para identificar áreas danificadas, corrosão e outros problemas que exigirão atenção especial.
Após esse primeiro momento a superfície é preparada com a remoção dos contaminantes como poeira, graxa, óleo e sal, por exemplo. Essa limpeza pode ser feita de duas maneiras básicas, por métodos mecânicos (como o jateamento abrasivo, por exemplo) ou químicos (com a utilização de produtos químicos específicos para esse tipo de limpeza).
Aplicação da tinta
A aplicação da tinta é, obviamente, uma das partes mais importantes na pintura offshore, porém antes de começar a pintar é preciso escolher a tinta ideal:
Escolha da Tinta
A escolha da tinta vai depender do material que será pintado e que tipo de ambiente ele vai ser submetido. As tintas alquídicas (que são produzidas com base em uma resina sintética) e as tintas a base de poliuretano são indicadas para pintura dos elementos que ficam em contato com a atmosfera, oferecendo proteção contra a corrosão causada pelas intempéries (ventos, chuvas fortes e outros), bem como o ar marinho, que aumenta a oxidação das estruturas metálicas.
Já as tintas epóxi (à base de resinas epóxi, responsáveis por criar uma película impermeável e aderente) são indicadas para ambientes de imersão, pois proporcionam uma proteção eficaz contra a corrosão causada pela água salgada e produtos químicos agressivos encontrados nos oceanos.
Por fim, as tintas acrílicas são indicadas para os componentes de madeira dessas estruturas, já que proporcionam uma boa aderência e durabilidade em superfícies mais porosas.
Método de Aplicação
O método de aplicação vai depender de qual a composição, tamanho ou estrutura que vai ser pintada. Para locais de grandes proporções, como os cascos de navio, por exemplo, são aconselhados métodos mais eficientes como bombas de pintura de alto desempenho.
Cura da tinta
Após a aplicação, a tinta precisa passar por um período de secagem, durante o qual os solventes evaporam e a película de tinta forma uma camada sólida, porém algumas tintas podem exigir um processo de cura adicional para atingir suas propriedades finais.
Esse processo de cura pode envolver exposição ao ar, luz UV ou calor, contribuindo para a formação de uma superfície completamente solidificada e durável. Por isso o tempo de secagem e o processo de cura são etapas essenciais no ciclo de aplicação da tinta, influenciando diretamente na qualidade e eficácia do revestimento protetor.
Inspeção e manutenção
Após a secagem, a estrutura é inspecionada visualmente para garantir que a tinta foi aplicada de maneira uniforme e que não há áreas com falhas. Além da inspeção visual, são realizados testes não destrutivos, como ultrassom, para verificar a integridade da pintura e identificar possíveis problemas subjacentes, como corrosão oculta.
Essas técnicas de teste contribuem para uma avaliação mais abrangente da condição da estrutura, porém para garantir uma durabilidade e eficácia contínua da proteção anticorrosiva, são estabelecidos programas de manutenção regulares. Estes programas incluem a repintura de áreas desgastadas, o reparo de danos identificados durante inspeções e a renovação da camada protetora conforme necessário, assegurando a integridade da estrutura ao longo do tempo.
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