Pintar profissionalmente tem impacto direto na qualidade do acabamento e reduz retrabalhos!
1 – ACABAMENTO DA BASE
Ter um bom acabamento na pintura tem relação direta com a qualidade da base.
Garanta que a base está corretamente lixada, limpa, desengraxada e livre de pó para ser pintada.
2 – QUALIDADE DO LIXAMENTO
O lixamento é outra etapa importante para o resultado do acabamento.
Sempre respeite a regra dos 50%!
Na sequência de lixamento, uma lixa não pode ter gramatura maior que 50% da anterior. Ex: Se a primeira lixa for uma Gr80 a próxima deve ser 50% a mais que ela, ou seja (80:2=40 + 80= 120) na sequência do grão 80 a próxima seria a 120 e assim por diante.
3 – CABINE DE PINTURA
Um ambiente isento de impurezas é essencial para a qualidade do acabamento na pintura. Tenha uma cabine de pintura adequada ao seu processo/demanda e, se possível distante ou isolada do local onde é realizado o processo de lixamento. Desta forma é evitada a contaminação da peça recém pintada. Nunca faça o processo de preparação dentro do ambiente onde a peça será pintada, pois ao ser ligada a exaustão o pó presente no ambiente ficará suspenso contaminando a peça.
4 – EPI’s
Os equipamentos de proteção individual além de garantirem a segurança do pintor, também tem influência no padrão de acabamento da pintura. O macacão precisa ser de um tecido que não carregue partículas de impurezas que podem cair sob a peça e gerar retrabalho.
5 – MISTURA DA TINTA
Respeitar o boletim técnico da tinta para a fazer a mistura nas quantidades corretas e com a diluição perfeita. Não use solvente de limpeza para diluir a tinta, isso contamina a pintura e estraga a textura e o brilho. Use o diluente indicado pelo fabricante da tinta, confira a viscosidade com um copo ford nº4 (viscosímetro) + cronometro, mantenha seu becker de mistura ou copo sempre limpo e seco evitando a contaminação de resíduos.
6 – AR COMPRIMIDO
Seu compressor precisa estar dimensionado corretamente para o tipo de pistola que você usa e garanta que o ar comprimido está isento de óleo e água. Utilize o filtro regulador antes da pistola de pintura para evitar a contaminação. Para configurar o compressor veja o consumo de ar da sua pistola em litros de ar por minuto e consulte o fornecedor para verificar se o seu compressor está adequado.
7 – PISTOLA DE PINTURA
Existe um tipo de equipamento adequado para cada aplicação, a ferramenta correta para o trabalho correto é fundamental para uma pintura mais profissional. As pistolas de pintura atomizam de forma diferente das pistolas de retoque. Se for pintar uma peça inteira, dê preferência para uma pistola de pintura HVLP ou LVLP. As pistolas de retoque pulverizam mais fino permitindo maior controle da camada em áreas já pintadas.
8 – REGULAGEM DA PISTOLA
Obedeça a pressão de trabalho recomendada pelo fabricante. Feche todas as regulagens e comece regulando o ar para a pulverização, depois abra devagar a tinta até obter a pulverização satisfatória. Use um corpo de prova ou uma peça descartável para conferir a pulverização.
9 – PULVERIZAÇÃO PERFEITA
A pulverização perfeita é a equalização entre vazão de tinta, pressão de pulverização e distância de aplicação da peça.
Dica: Em uma aplicação de tinta PU utilize 30 PSI de pressão, 2 voltas de rosca na agulha de tinta (pode variar conforme a viscosidade) e pulverize a 25cm da peça, isso vai garantir um acabamento homogêneo. Defeitos na pintura como ‘Casca de Laranja’ (excesso de tinta e pouco ar), ou ‘fosqueamento’ (excesso de ar e pouca tinta) são defeitos comuns causados pela má regulagem.
10 – DISTÂNCIA DE APLICAÇÃO
Deve ser mantida uma distância de pelo menos 25cm com sobreposição de camada de 50%, passe uma vez a pistola e depois sobreponha a camada uma em cima da outra 50% da primeira demão. Isso vai evitar falhas no filme de pintura.
Conteúdo produzido pelo Gerente de Processos da Arply, Flávio Farage.
contato: flavio@arply.com.br